As mulheres ganham menos, vivem mais tempo, poupam menos e quando chega o momento da aposentadoria têm valores de pensões mais baixos.
Generalizações à parte, é inevitável dizê-lo: homens e mulheres não têm a mesma relação com o dinheiro. Tendencialmente, o público feminino tem mais aversão em lidar com questões financeiras e delegam esses assuntos para outra pessoa, por regra o marido. Esta tendência pode ser explicada por vários motivos. Um deles poderá ser a diferença salarial entre homens e mulheres que ainda hoje se mantém.
Pesquisas mostram que os homens ganham mais 15,7% do que as mulheres. Os números são preocupantes, principalmente tendo em conta que cada vez mais as mulheres são um pilar fundamental do orçamento familiar, ou seja, dificilmente o casal “sobrevive” sem os rendimentos de ambos os membros. Mas há outros números que jogam a favor e contra as mulheres, como por exemplo a esperança média de vida: as mulheres vivem mais tempo do que os homens. Atualmente, a esperança média de vida dos homens é de 76,43 anos e de 82,30 anos nas mulheres. Isto significa que as mulheres deveriam poupar mais para os anos de aposentadoria.
No geral as mulheres ganham menos do que os homens, vivem mais tempo, poupam menos e quando chega no momento de se aposentar só têm valores de aposentadoria mais baixos, como ainda têm menos dinheiro guardado. Estes números não pretendem desmoralizar mas antes incentivar as mulheres a enfrentarem esta aversão ao dinheiro e assumir o controle das suas finanças. Desta forma, e em homenagem para todas as mulheres pelo dia internacional da Mulher, aqui ficam algumas dicas da Compass Contabilidade Empresarial Butantã para caminhar nesse sentido.
1. Ter controle do dinheiro
O objetivo é que passe a conhecer o percurso do seu dinheiro: quanto ganha, quanto gasta, onde gasta, quanto poupa e em que produtos investe. Ou seja, deverá fazer um orçamento familiar.
2. Saiba mais sobre investimentos
Supere essa aversão ao dinheiro. Leia jornais, revistas ou sites: conheça o produto antes de investir, avalie se se adequa ao seu perfil. Depois de decidir onde investir, controle regularmente o seu portfólio. Reinvista o que ganha nos investimentos ao invés de deixar o diheiro “dormir” na conta. Se necessário, socorra-se da ajuda de um gestor financeiro.
3. Arriscar nos investimentos
Por não desejarem ter demasiada preocupação com dinheiro, as mulheres são mais conservadoras nos seus investimentos e, normalmente, optam por produtos seguros como contas poupança ou depósitos a prazo, ignorando ativos mais arriscados, mas potencialmente mais rentáveis, como os fundos de investimento, ações e obrigações. Procure informar-se mais sobre as suas opções de investimento e, quando se sentir preparada para isso, experimente aplicar uma pequena parcela das suas poupanças em produtos financeiros que vão além dos tradicionais depósitos.
4. Fale sobre dinheiro
O tema pode não ser o mais excitante mas deverá sempre conversar sobre dinheiro e não esconder nada do seu parceiro (nem dívidas de cartão de crédito…). Se quer ter uma vida financeira feliz, deverá procurar ter uma relação honesta com o dinheiro.
5. Não ponha os filhos acima de tudo
Esta frase pode não soar bem, mas o que se pretende é que salvaguarde sempre a sua estabilidade financeira. Se não conseguir manter as suas contas em ordem, como conseguirá ajudar os seus filhos? Por isso, deverá evitar tirar dinheiro de sua poupança para gastar com os seus filhos, a menos que seja por extrema necessidade.
6. Tenha um fundo de emergência
Se não tem noção do quão importante é ter um fundo de emergência, coloque a seguinte questão a si própria: Seria capaz de sobreviver financeiramente caso fique desempregada durante uns meses? E se tiver uma emergência médica súbita, seria capaz de pagar por tratamentos e ainda manter as suas despesas fixas mensais? Se ainda não tem um fundo de emergência, comece a pensar nele. Descubra quanto precisa poupar – deverá ter, pelo menos, seis meses de despesas fixas. Depois decida onde deverá aplicar esta poupança: obrigatoriamente deverá ser num produto financeiro de resgate imediato e de baixo risco.
7. Cuidado com as compras
Já se sabe que a maioria das mulheres gostam de fazer compras e muitas vezes fazem apenas para elevar a autoestima. Mas a “terapia das compras” pode ser prejudicial para a carteira, por isso é prudente conter o ímpeto consumista e optar por aumentar as suas poupanças. Se tem alguma dificuldade em poupar, experimente estas dicas: estipule uma quantia mensal para poupar, imponha um limite máximo semanal para gastar e use o cartão de crédito com moderação.
8. Poupar para a aposentadoria
Se é importante todos pouparem, para a mulher é ainda mais importante visto que, em média, vivem mais anos do que os homens, logo, para manterem o mesmo nível de vida na aposentadoria é bom ter uma poupança individual superior à dos homens. Se não sabe por onde começar, comece por fazer as contas.